23 de Abril de 2025

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POLÍTICA Quarta-feira, 23 de Abril de 2025, 11:47 - A | A

Quarta-feira, 23 de Abril de 2025, 11h:47 - A | A

ATAQUE DA OPOSIÇÃO

Prefeito Osmar Froner sofre tentativa de golpe após vitória nas urnas

Redação

Chapada dos Guimarães atravessa um momento de instabilidade política e econômica após vir à tona uma ação judicial que pede a cassação do mandato do prefeito reeleito, Osmar Froner (União Brasil). A denúncia, movida pela coligação adversária liderada pela ex-candidata Fabiana Nascimento (PSDB), acusa Froner de abuso de poder econômico e compra de votos durante as eleições de 2024. A Justiça Eleitoral marcou a audiência do caso para o dia 16 de maio.

Durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (22), Froner criticou o que classificou como “acusações insanas” e afirmou que o processo, apesar de ainda em fase de apuração, já tem causado prejuízos significativos ao município.

“Essas notícias desestabilizam a economia do município, dificultam a viabilização de emendas parlamentares e prejudicam a imagem da gestão. O foco deveria estar no desenvolvimento de Chapada, que avançou mesmo diante de crises como a pandemia e o fechamento do Portão do Inferno”, declarou.

A acusação aponta que a campanha de Froner teria estruturado um suposto esquema de aliciamento de eleitores com pagamentos de R$ 1.000,00 por família. Os repasses teriam sido intermediados por Guilherme Henrique de Oliveira Costa, atual diretor-geral do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), e pelo secretário de governo licenciado, Gilberto Schwarz Mello (PL), também investigados.

Entre as provas apresentadas pela acusação estão uma escritura pública com a declaração do ex-coordenador de campanha Rogério de Araújo Pereira, que teria admitido a distribuição de dinheiro a eleitores, além de transferências bancárias suspeitas e cadastros de eleitores com documentos anexados. Pareceres grafotécnicos também foram incluídos no processo.
Em resposta, a defesa de Froner contesta veementemente todas as acusações. Os advogados argumentam que não há qualquer prova de pagamentos ilícitos fora da prestação de contas de campanha, tampouco irregularidades na presença do prefeito em eventos durante o período eleitoral. Ainda segundo a defesa, os cadastros mencionados não provam compra de votos.

Apesar das justificativas, o juiz eleitoral Renato Filho indeferiu o pedido de anulação do processo, afirmando que os indícios apresentados justificam a continuidade da investigação.

A Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático de Guilherme Costa, a pedido do Ministério Público Eleitoral, que identificou transações financeiras e comunicações suspeitas entre os investigados.
A audiência de instrução do processo será crucial para definir os próximos rumos da ação. Enquanto isso, a tensão política cresce em Chapada dos Guimarães, em meio a incertezas sobre o futuro da administração municipal.

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