Em alusão ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril, o Programa REM MT celebra os avanços em prol do fortalecimento dos povos originários e da valorização de seus saberes, culturas e direitos. Na segunda fase do programa, diversas ações foram planejadas com foco no protagonismo indígena e na qualificação dos agentes públicos junto a essas comunidades.
Um dos destaques é a formação indigenista para servidores públicos. A iniciativa está em desenvolvimento em parceria com a Operação Amazônia Nativa (OPAN), e propõe uma formação básica sobre a temática indígena para profissionais de secretarias, órgãos e instituições estaduais. A proposta foi construída com base na identificação de uma demanda recorrente entre os servidores que atuam diretamente com povos indígenas: a necessidade de ampliar seus conhecimentos sobre a diversidade sociocultural, os direitos e os contextos específicos dessas populações, contribuindo para uma atuação mais qualificada e sensível.
O curso buscará preencher essa lacuna, oferecendo uma introdução sobre a história, os modos de vida e os direitos dos povos indígenas, com foco especial em Mato Grosso. A expectativa é que a formação contribua para uma atuação mais respeitosa, eficiente e alinhada às políticas públicas indigenistas, promovendo um relacionamento institucional mais sensível e cooperativo. A formação está prevista para começar ainda em 2025.
Outro avanço importante é a articulação para a construção da proposta de formação de Agentes Ambientais Indígenas em Mato Grosso. Inspirada no modelo implementado no Acre, visa capacitar tecnicamente indígenas para atuarem no monitoramento ambiental, proteção territorial e segurança alimentar de suas comunidades. A formação também buscará reconhecer e valorizar essa função essencial para a preservação dos territórios indígenas e a gestão sustentável dos recursos naturais.
A Comissão de Governança do Subprograma Territórios Indígenas também passou por uma reestruturação na Fase II, reforçando ainda mais o protagonismo dos povos indígenas na tomada de decisões. Agora, cada uma das sete regionais conta com dois titulares e dois suplentes, além de manter a representação da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT) e da Organização de Mulheres Indígenas (TAKINÁ). A nova composição prioriza a equidade de gênero e o incentivo à participação de jovens, ampliando a diversidade e a representatividade no processo decisório.
As ações da Fase II reafirmam o compromisso do Programa REM MT com a valorização dos povos indígenas, promovendo a participação ativa, o diálogo respeitoso e a construção conjunta de soluções para o desenvolvimento sustentável e a proteção dos territórios. Neste 19 de abril, o programa não só celebra essa data importante, mas também reconhece e fortalece o papel dos povos indígenas na preservação ambiental em Mato Grosso.
CONHEÇA O REM MT
O Programa REM MT é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), ao Estado de Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento.
Na fase I do programa, foram apoiados 157 projetos, beneficiando 144 organizações sociais, entre elas, 114 associações ou cooperativas. Os projetos abrangem os três biomas de Mato Grosso: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Dentre os resultados alcançados pelo programa, se destacam as 603 aldeias atendidas, onde vivem 43 povos indígenas, os 107 municípios mato-grossenses beneficiados, as mais de 35 mil pessoas atendidas e os 160 mil hectares de desmatamento evitados em Mato Grosso por meio da atuação do REM MT, nos anos de 2021 e 2022.
O Programa REM MT é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestores financeiros o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Para sugestões, reclamações ou esclarecimentos, fale com a ouvidoria da SEMA pelo telefone: 0800 065 3838 ou (65) 99321-9997 (WhatsApp) .