O Papa Francisco, nascido em Buenos Aires, faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, às 7h35 (horário local) — 2h35 em Brasília — em sua residência na Domus Sanctae Marthae, no Vaticano. A causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por um colapso cardiovascular irreversível. De acordo com o boletim médico, o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2.
O falecimento foi comunicado oficialmente pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, por meio da Vatican Media. A certidão de óbito foi assinada por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano.
Francisco entrou para a história como o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a assumir o pontificado. Eleito em 13 de março de 2013, liderou a Igreja Católica por 12 anos, com um papado marcado por gestos de simplicidade, defesa do meio ambiente, diálogo inter-religioso e compromisso com os mais pobres.
O funeral do pontífice ocorrerá entre os dias 25 e 27 de abril. Antes disso, o corpo será velado na capela privada onde ele viveu seus últimos anos, seguido por traslado à Basílica de São Pedro. Em cumprimento ao seu desejo, Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em uma tumba discreta, com a inscrição “Franciscus”.
Com sua morte, a Igreja entra em período de sede vacante. O conclave que definirá o próximo papa está previsto para ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio, conforme determina o protocolo canônico. Entre os nomes cotados para a sucessão estão os cardeais Pietro Parolin, Matteo Zuppi e Luis Antonio Tagle — todos alinhados com a visão pastoral de Francisco.
Enquanto o mundo católico se despede de um líder carismático e transformador, os cardeais se preparam para escolher o 267º papa da história da Igreja.