As presas e servidoras da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, começarão em abril aulas de yoga, meditação, aromaterapia e vão participar de palestras para capacitação pessoal e profissional.
O projeto Fênix, como é chamado, foi lançado no dia 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, visando a ressocialização e humanização.
Às mulheres encarceradas e as servidoras do sistema prisional terão palestras motivacionais para conscientização pessoal e profissional para a prática social. As palestras são sobre autoestima, autoconhecimento, motivação e comunicação não violenta.
O objetivo é o desenvolvimento emocional equilibrado, elevação de autoestima, motivação e a comunicação não violenta para a melhoria da qualidade de vida, proporcionando momentos de lazer e aprendizado as mulheres e evitando a ociosidade.
De acordo com Ana Emilia Sotero, presidente Associação Brasileira da Mulheres da Carreira Jurídica de Mato Grosso (ABMCJ-MT), a intenção do projeto é que as detentas e servidoras tenham equilíbrio emocional, autoconhecimento e saibam administrar melhor o tempo.
“Elas terão benefícios na vida pessoal e profissional. (O curso) servirá para entender que elas não perderam a condição humana e a dignidade. Para as reeducandas, será o fortalecimento para ressocialização e para as servidoras será fortalecimento para o olhar a humanização’’, explicou Ana Emilia.
A realização do projeto é de responsabilidade da Associação Brasileira da Mulheres da Carreira Jurídica de Mato Grosso (ABMCJ-MT), em parceria da Associação de Mulheres de Negócios de Várzea Grande (BPWVG), ONG Lírios de Várzea Grande, Sindicato dos Terapeutas de Mato Grosso (SINTER-MT), Fundação Nova Chance, Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), Corregedoria dos Presídio e o apoio do juiz do Núcleo de Execuções Penais, Geraldo Fidélis Neto.
Segundo Ana Emília, não é obrigatória a participação delas no projeto, mas que as mulheres, tanto as presas quanto as servidoras, estão entusiasmadas.
Uma sala com ar-condicionado será reservada para as aulas e palestras. As aulas serão quinzenais e as palestras uma vez por mês, em horários determinados pela direção da unidade prisional. Cada turma terá 35 presas e 35 servidoras. A cada três meses haverá uma nova turma.
No decorrer do curso, será produzido um documentário gravado somente por mulheres.
A organização será feita pela terapeuta e presidente do Sinter-MT, Sonia Mazeto, e pela advogada e professora Ana Emília Sotero.
As aulas práticas serão dadas pela terapeuta Larissa Jardim Freire da Silva.
As palestrantes serão a ortodontista Juliana Matsuoka, Sonia Mazeto e Ana Emilia Sotero.
Taynara Umbelino será a representante da ONG Lírios, instituição que dá assistência a mulheres vítimas de violência doméstica em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, que acompanhará o projeto.