O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, determinou uma auditoria no Pronto Socorro de Cuiabá. A decisão foi tomada após uma denúncia feita à senadora Selma Arruda (PSL). Uma equipe esteve no local em maio e comprovou as irregularidades apresentadas na denúncia.
Prefeitura informou, por meio de nota, que não foi notificada pelo Ministério da Saúde, Auditoria Geral da União (AGU) ou Controladoria Geral da União (CGU).
Uma equipe composta por membros do Sindicato dos Médicos e do Ministério Público Estadual (MPE) esteve na unidade e comprovou as irregularidades relatadas na denúncia.
Um relatório descrevendo a situação do hospital foi elaborado pela equipe e encaminha
Falta de insumos e medicamentos no pronto-socorro é alvo de vistoria — Foto: Ederson Matos
do à senadora. No documento, os membros da equipe relataram a falta de insumos básicos, falta de medicamentos, falta de gestão e controle de materiais e medicamentos, além do desperdício de produtos.
A análise foi intensificada no setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde a falta de insumos também foi verificada, não apenas na parte clínica, mas também na estrutura física do local, como vazamentos e infiltrações.
A equipe também comprovou a superlotação do pronto-socorro, bem como pacientes acomodados de maneira irregular, por falta de leitos.
Equipe de vistoria apontou vazamentos, infiltrações e buracos na estrutura da unidade — Foto: Ederson Matos
Diante de tudo que foi relatado, o ministro determinou uma auditoria no local. A prefeitura informou que apoio a realização da auditoria, para esclarecer questionamentos com relação à precariedade da unidade hospitalar;
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma que tem acompanhado as reclamações quanto à falta de insumos. Entretanto, todas as vezes em que a situação foi denunciada, visita "in loco" realizadas pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde, foi detectado o estoque estava abastecido.
A secretaria informou que apura possível "boicote" dentro da unidade.