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GERAL Sexta-feira, 14 de Junho de 2019, 13:46 - A | A

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EM SÃO PAULO

16ª Reatech é aberta em São Paulo e traz as inovações do mercado de acessibilidade

300 expositores

Assessoria

16ª Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, maior feira latino-americana do mercado de acessibilidade, foi aberta ao público nesta quinta-feira (13) no São Paulo Expo. As novidades voltadas para melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida estão sendo apresentadas pelos 300 expositores que atuam em diversos segmentos como agências de emprego, instituições financeiras, fabricantes de cadeiras de rodas e aparelhos auditivos, indústrias farmacêuticas, serviço de animais treinados, veículos adaptados, terapias alternativas e turismo e lazer. O evento segue até domingo e deve receber 52 mil visitantes.

Na cerimônia de abertura, Rimantas Sipas, diretor comercial da Cipa Fiera Milano, organizadora e promotora da feira, destacou a importância do evento. "Nos sentimos absolutamente motivados a entregar, a cada nova edição, uma feira repleta de produtos, serviços e atrações paralelas. É realmente um privilégio para nós da Cipa Fiera Milano". Sipas ressaltou a realização do Reackathon, uma maratona voltada a soluções de acessibilidade. "O Reackathon é uma das novidades desta edição, que irá estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para o setor. É uma grande aposta e mostra que a Reatech se mantém em sintonia com os novos tempos", afirmou o executivo.

Já Robert Trípoli, Diretor de Desenvolvimento Internacional da Fiera Milano, que veio da Itália exclusivamente para a feira, se mostrou impressionado com o segmento no Brasil. "Graças à evolução tecnológica e o aumento da preocupação com a responsabilidade social, o setor vem registrando crescimento no Brasil. Para se ter uma ideia, hoje cerca de 3.600 empresas estão operando, entre fabricantes, importadores e distribuidores", lembrou.

Representando a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Priscilla Roberta Gaspar de Oliveira, Paulo Roberto Amaral Vieira, diretor do Departamento de Políticas Temáticas dos Direitos da Pessoa com Deficiência, falou da importância da parceria do poder público com iniciativas com a Reatech. "É fundamental o setor privado apostar em um evento que vem a promover a acessibilidade e o empoderamento das pessoas com deficiência".

Eduardo Carneiro, secretário Executivo da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, representando a secretária Célia Leão, disse que é preciso estimular a realização de mais eventos como a Reatech. "Gosto de chamar o setor de indústria da reabilitação, pois recoloca o cidadão onde deveria estar sempre, no convívio com a sociedade".

O secretário municiapal da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Cid Torquato, que representou o prefeito Bruno Covas, lembrou que a prefeitura de São Paulo está com um estande na feira onde promoverá discussões sobre as políticas públicas para pessoa com deficiência.

Teste com carros adaptados

Mesmo as pessoas experientes têm se surpreendido com os carros adaptados que estão na Reatech 2019, que vai até domingo (16) no São Paulo Expo. Toyota, Renault e General Motors disponibilizaram alguns de seus modelos para teste drive durante a feira.

Para Luís Carlos Pereira Santos, 41 anos, vendedor de roupas, andar num veículo adaptado foi uma experiência gratificante. "Bom demais. A acessibilidade é total. Senti-me muito confortável e seguro", garante.

Ex-proprietário de um Monza Classic também adaptado, o cadeirante se nega para fazer uma comparação entre os dois veículos. "O acelerador de mão, a partida apertando apenas um botão e o freio, também acionado por um botão, oferece muito mais conforto para quem, como eu, tem algumas limitações". Santos elogiou também a GM Spin adaptada que oferece a possibilidade de embarcar a cadeira de rodas sem desmontá-la.

Clínica Gati apresenta a terapia assistida por animais

Com uma equipe multidisciplinar, a Clínica Gati de Equoterapia mostra na Reatech 2019 a Pet Terapia assistida por animais. Chamado de "fazendinha" na feira, o estande reúne alguns dos animais utilizados no atendimento. Coelhos, calopsita, tartaruga, cães que são usados para auxiliar no atendimento às crianças com dificuldades de aprendizado ou que precisam de reabilitação.

De acordo com a coordenadora da Gati, Júlia Ramos, a intenção é fazer com que os visitantes tenham a oportunidade de manter contato com os animais. "Eles fazem parte do trabalho. Quando recebemos um novo paciente, é feita uma análise para determinar qual animal e quais os objetivos para sua utilização na terapia", explica. "É um atendimento diferenciado, valorizando a individualidade e a demanda de cada caso clínico".

Júlia explica que a Pet Terapia é um método terapêutico que utiliza um animal específico como mediador no processo terapêutico. "Por exemplo, a terapia assistida com cães, onde o profissional e o animal atuam diretamente na afetividade e nas situações relacionais e conflitivas do paciente".

HandTalk, o app que traduz português (e em breve, também o inglês) para a língua dos sinais

Graças a um aplicativo, uma mãe no Pará aprendeu a falar "eu te amo" para sua filha, deficiente auditiva.

Já em Alagoas, por meio do app, um médico percebeu que o que se passava com uma menina de 13 anos era grave e a encaminhou para exames. Foi detectado um sangramento intracraniano e, com o devido tratamento, a criança, também deficiente auditiva, saiu do hospital feliz e sem sequelas.

Esses são só alguns exemplos – graciosos e dramáticos – da utilidade do app HandTalk e do que ele pode fazer para facilitar a comunicação entre os que sabem e os que não sabem a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Quem esteve na Reatech - Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade nesta quinta-feira (13) para falar mais a respeito foi João Vitor Bogas, coordenador de marketing da empresa responsável.

"A deficiência auditiva é invisível, pois essa comunidade não usa bengalas ou cadeiras de rodas. E esse é só o começo do problema: estar visível para conquistar seu espaço", disse. "Há 360 milhões de deficientes auditivos no mundo, e 9,7 milhões no Brasil. A maioria, 80%, é analfabeta ou semianalfabeta, ou seja, depende da língua dos sinais para se comunicar".

Com o HandTalk, disponível gratuitamente para smartphones, o usuário escreve ou dita sua mensagem e o Hugo, mascote 3D e intérprete virtual do app, a traduz para Libras – daí é só mostrar a tela do celular para seu interlocutor. Também é possível aprender Libras através das videoaulas do app.

A empresa tem outras soluções como um software para tornar sites acessíveis - com um clique, o Hugo aparece e traduz o texto selecionado. A maior novidade, porém, é que ano que vem seu app principal chegará aos Estados Unidos. Com o suporte do Google,ele está sendo adaptado para a Língua de Sinais Americana.

Com diversas atividades e atletas paralímpicos, Reatech quer impulsionar o esporte adaptado

Pelo 12º ano consecutivo, a Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade conta com o Espaço ADD - Arena Sports. Nesse local, concomitantemente à feira, serão realizadas diversas atividades esportivas voltadas às pessoas com deficiência. No total, estão programadas mais de 32 horas de basquete, vôlei, handebol e mesmo rúgbi e badminton.

O projeto é uma parceria entre a Cipa Fiera Milano, organizadora e promotora do evento, e a Associação Desportiva para Deficientes (ADD). "Nós sempre convidamos o público para participar das atividades – inclusive para jogar com atletas profissionais. As pessoas podem vir a qualquer hora durante a feira que vão encontrar alguma ação em andamento", afirma Eliane Miada, Presidente da ADD.

Segundo Eliane, o sucesso do projeto pode ser medido pelo número de pessoas que o procuram e que, por causa dele, passam a praticar atividades físicas. "O mais importante é isto: atrair novas pessoas, independentemente da restrição que enfrentam, para o esporte adaptado".

 

Na quinta (16), quem esteve presente foi Pedro Vieira, atleta paraolímpico de basquete de cadeira de rodas. Ele comparece à Reatech desde 2011 e, hoje, com 25 anos, já conquistou um campeonato sul americano pela seleção brasileira e participou das Paraolimpíadas do Rio, em 2016 – ficou em quinto lugar. "Eventos como esse são muito importante. Além de dar visibilidade a paratletas, divulga o esporte para pessoas que não o conhecem e atrai mais pessoas para a prática".

Nos próximos dias, mais atletas deverão aparecer no Espaço ADD - Arena Sports, como o nadador Daniel Dias (24 medalhas em Paraolimpíadas) e o velocista Alan Fonteles (ouro em Londres 2012). No domingo (16), amistoso de vôlei para surdos terá Xandó, da Geração de Prata do vôlei, como técnico de um dos times. 

Serviço:

16ª Reatech 2019

Data: 13 a 16 de junho

Horários:

Dias 13 e 14, das 13h às 20h,

Dias 15 e 16, das 10h às 19h

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center

www.http://reatechbrasil.com.br/16/

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