26 de Abril de 2024

ENVIE SUA DENÚNCIA PARA REDAÇÃO

EDUCAÇÃO Quinta-feira, 09 de Maio de 2019, 16:48 - A | A

Quinta-feira, 09 de Maio de 2019, 16h:48 - A | A

CORTES NA EDUCAÇÃO

Cerca de mil bolsas de pós-graduação da UFMT são cortadas após bloqueio de 30% no orçamento

G1

Um levantamento prévio realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apontou que, pelo menos, mil bolsas de pós-graduação geridas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foram cortadas após o bloqueio de 30% no orçamento da instituição.

A suspensão no concessão das bolsas é apontado pela reitora Myrian Serra como reflexo do corte de gastos decretado pelo governo federal.

A decisão impede que novos candidatos recebam bolsas que tinham verba já liberadas e previstas para 2019. Segundo a Capes, o bloqueio não atinge estudantes cujos mestrados e doutorados estão em andamento.

O valor mensal por estudante é de R$ 1,5 mil no mestrado e R$ 2,2 mil no doutorado.

Para receber a bolsa, os pós-graduandos não podem ter vínculos empregatícios, tendo em vista a integralidade dos cursos. Na UFMT, a aulas da pós-graduação tiveram início em março. 

"As pessoas que entraram para a pós-graduação estavam na expectativa de ter uma bolsa e agora não vão ter mais. A lógica é perversa, porque se oferece as vagas com a garantia da bolsa e quando o aluno chega não tem. Isso vai gerar um impacto muito grande", afirmou Myrian Serra. 
 
UFMT — Foto: Assessoria/DivulgaçãoUFMT — Foto: Assessoria/Divulgação

UFMT — Foto: Assessoria/Divulgação 

Bloqueio de 30% 

Com bloqueio de 30% no orçamento para 2019, a campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá tem garantia de funcionamento até julho, segundo a reitora. Nos outros três campi, a previsão é que as atividades sejam interrompidas a partir de agosto.

 

A média de custeio da UFMT é de aproximadamente R$ 90 milhões ao mês. Com o bloqueio de 30%, a verba mensal passaria a ser de no máximo R$ 60 milhões, segundo Myrian.

Na conta entram os custos básicos, como água, luz, segurança do campus, internet e limpeza.

Na avaliação da reitora da UFMT, o corte no orçamento da Educação é forma de chantagem para a aprovação da reforma da Previdência, uma vez que "as universidades federais que são unidades de resistência contra a política do governo que atacas as instituições públicas".

"É uma forma de chantagem o que está sendo feito. É como se dissessem para ficarmos quietos e não questionarmos que daqui dois meses o orçamento volta. Isso não é correto. Além de posicionamento político e partidária, temos um compromisso com a sociedade", declarou.

 

Comente esta notícia

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do A Notícia MT (anoticiamt.com.br). É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site A Notícia MT (anoticiamt.com.br) poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

image